Saúde

Vacina: Queiroga afirma que espera resultado de estudo para início de terceira dose no Brasil

Resultado de estudo em parceria com Universidade de Oxford deve sair em novembro
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (à direita), em visita ao interior de SP nesta segunda (23) Foto: Reprodução/Redes sociais
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (à direita), em visita ao interior de SP nesta segunda (23) Foto: Reprodução/Redes sociais

SÃO PAULO — Em visita a São José do Rio Preto (SP), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que espera a conclusão de estudo feito pela Universidade de Oxford para que o Brasil inicie a aplicação de terceira dose da vacina contra Covid-19 no país, segundo o G1.

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— É algo que os outros países já têm praticado. A OMS, hoje, editou uma posição no sentido de que não se avançasse na terceira dose enquanto a segunda dose não fosse aplicada na maior parte da população global. Eu já contratei um estudo, que está sendo realizado com a Universidade de Oxford, para que essa terceira dose seja orientada com rigor cientifico. Ou seja, baseada em evidências — disse Queiroga, em cerimônia de assinatura de convênio para compra de equipamentos de radioterapia para o Hospital de Base de Rio Preto nesta segunda-feira (23).

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O estudo em parceria com a universidade britânica deve ficar pronto em novembro e avaliará a duração da proteção para aqueles que tomaram Coronavac. Ainda não há estudos conclusivos sobre a duração da proteção da vacina produzida pelo laboratório Sinovac Biotech com o Instituto Butantan. A empresa e o centro de pesquisa não participarão do estudo. Em Serrana, cidade do interior paulista, o Butantan conduz pesquisa similar que visa analisar a duração da resposta imunológica promovida pelo imunizante.

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O estudo deve começar em cerca de duas semanas. Ao todo, serão 1.200 voluntários em São Paulo, junto à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Salvador, com o Hospital São Rafael. Poderão participar pessoas que já receberam duas doses de Coronavac há pelo menos seis meses. Os participantes serão divididos em grupos por idade — de 18 a 59 anos e acima de 60 — e por dose de reforço.

Além de avaliar o tempo de proteção conferido pela CoronaVac, a pesquisa também ajudará a analisar a intercambialidade de vacinas, isto é, a mistura de doses fabricadas por diferentes laboratórios.

Nesta segunda-feira, o diretor da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus defendeu que as doses de reforço contra a Covid-19 devem ser adiadas e a prioridade deve ser dada ao aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foi imunizado.